
A BOMBA
30 de junho de 2019 09:58 |
Iniciou-se um movimento, dentro das redes, que mistura,
num mesmo balaio, jornalistas isentões, arrependidos de última hora e a
esquerda namastê em torno dos vazamentos do The Intercept Brasil.
Cada
grupo, dentro de narrativas próprias, tenta jogar para baixo o impacto e
a importância do conteúdo das mensagens porque, segundo eles, a
montanha tem parido ratos – para ficar na utilização de um termo, em
latim macarrônico, usado pelo ex-juiz Sérgio Moro, em seu desespero
dissimulado.
Essa
avaliação, partindo do princípio de alguma honestidade intelectual, só
pode ser explicada pela naturalização do absurdo, no Brasil, pela mídia
necrosada, por parte da sociedade que a consome e por certa esquerda
desejosa de apoiar a Lava Jato para conquistar nacos do eleitorado
conservador.
Os arquivos
do Intercept mostram, com clareza absoluta, que Moro conduzia o
Ministério Público, sem nenhum pudor, para condenar o ex-presidente Lula
– a quem, como juiz, deveria julgar com imparcialidade.
Bastaria
isso, num único diálogo, num único vazamento, para anular TODA a
Operação Lava Jato, tirar Lula da cadeia e iniciar um processo judicial
contra Moro e essa figuras lamentáveis que se criaram nesse lodo do MP.
Mas
os isentões, essa massa de caráter gelatinoso que apoiou o golpe contra
Dilma e, agora, se diz abismada com as loucuras de Bolsonaro, acha que
ainda é preciso uma bomba.
A esquerda namastê, entre uma ciranda e outra, vai na onda. Esperavam mais, os anjos.
Moro
indica testemunhas para Deltan Dallangnol que, por sua vez, dirige a
delação e as benesses de Leo Pinheiro contra Lula, para garantir a farsa
do triplex do Guarujá.
“Não
pode parecer um prêmio pela condenação do Lula”, avisa Deltan, no mais
recente vazamento, sobre a redução de pena do delator da OAS.
Isso! Não pode parecer que foi armação, sacanagem, crime.
E vem uma manada de babacas, noves fora os mentecaptos do bolsonarismo, pedir uma bomba, porque ainda está fraco.
Pelo
que já foi revelado, era para essa gente estar toda na cadeia, eles
sim, abrindo o bico para contar o que ganharam – e quem os pagou – para
destruir a economia do País, tornar o Poder Judiciário um chiqueiro e
transformar o Ministério Público de fiscal da lei numa mesa de pôquer de
mafiosos.