MICHELE, ESSA MULHER

18 de agosto de 2019 09:27 | Publicado por Leandro Fortes

Como a esquerda namastê já está se coçando para despejar chuvas de compaixão e sororidade sobre os ombros sofridos de Michele Bolsonaro, vale lembrar que essa senhora, antes de tudo, é casada com um doente que apoia a tortura, o assassinato como política de segurança pública e é,  declaradamente, misógino e racista.
Michele inaugurou-se como primeira-dama fazendo aquela pantomima em libras, na porta do Palácio do Planalto, coisa linda de Deus, não  tivesse sido o prenúncio da extinção, pelo marido, da secretaria que cuidada da educação de deficientes auditivos,  no Ministério da Educação. 
A fofa não abriu a boca, a respeito.
Antes, após a eleição do Bozo, fez gracinha ao ir a um evento com uma camiseta estampada com a frase “Se começar nesse tom comigo, a gente vai ter problema”, dita pela juíza  Gabriela Hardt ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, frase com a qual pretendia entrar para a história.
Hardt, como se sabe, acabou sendo imortalizada por ter copiado e colado uma sentença de Sérgio Moro contra Lula.
Passado o glamour da posse presidencial, a evangélica Michele caiu em profundo silêncio obsequioso, mas por um motivo muito especial:  a Receita Federal flagrou depósitos de cheques feitos na  conta da primeira-dama pelo miliciano Fabrício Queiroz, epicentro do escândalo de fraudes e desvios de dinheiro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a partir do gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro, hoje, senador da República. 
De lá para cá, o País descobriu que Michele, moça pobre do Distrito Federal, depois de bem casada, tenta, a todo custo, esconder as origens, mesmo que isso signifique deixar a avó quase morrer num corredor de um hospital público. 
Uma santa, a Michele.

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