PLAYBOY DA GUERRA FRIA

8 de outubro de 2019 10:08 | Publicado por Leandro Fortes

Há meses, Gilberto Dimenstein, admirador da Lava Jato arrependido, agoniza em praça pública porque Joice Hasselmann, a menina veneno de Bolsonaro, o chamou de “comunista”.


A contenda já seria exótica, no século XX. Em 2019, revela apenas como a classe média brasileira, sobretudo a paulistana, oscila entre o ridículo e o oportunismo, a depender do momento.


Joice é uma besta fera do bolsonarismo e uma pessoa lamentável, sob todos os aspectos: histriônica, grosseira, preconceituosa e agressiva. 


Mas, daí a ser alvo de um processo judicial por ter chamado um cidadão de comunista, é, no mínimo, patético. Ainda mais sob o argumento de Dimenstein: de que ele é um defensor dos direitos humanos.


Não é só uma relação mentirosa. Trata-se de cinismo e má fé, além de ser uma ofensa aos muitos comunistas que deram a vida para defender os direitos humanos, ao longo da história.


O que Dimenstein teme é perder o resto do público reacionário e golpista que amealhou, na esteira do antipetismo, par

a suas praças de internet, depois de renegar Sérgio Moro.
Joice deveria ter chamado Dimenstein de “cara de melão”, porque ele ficaria ofendido do mesmo jeito, mas as consequências seriam mais tranquilas. 


Ele iria, no máximo, correr chorando para contar para a mamãe.

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