25 deputados assinam pedido de impeachment de Derrite por violência policial

6 de dezembro de 2024 18:47

Em São Paulo, deputados estaduais de oposição protocolaram nesta sexta-feira (6) um pedido de impeachment contra Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública do estado. O pedido acusa o bolsonarista, filiado ao PL, de cometer “crimes de responsabilidade”, incluindo atentado ao direito à segurança pública e à probidade administrativa. A iniciativa ocorre em meio a uma escalada de violência policial no estado, com diversos episódios flagrados por câmeras de segurança ou celulares.

A ação foi liderada pelo deputado Guilherme Cortez (PSOL), com o apoio de outros 25 parlamentares de partidos como PSOL, PT, PCdoB, Rede e PSB. O pedido é fundamentado no artigo 7º da Lei dos Crimes de Responsabilidade, que considera crime o abuso de poder ou a tolerância com práticas abusivas de subordinados.

Cortez afirmou que Derrite “não está à altura do cargo” e culpou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) por respaldar a conduta do secretário e da Polícia Militar.

Nos últimos 30 dias, 45 policiais militares foram afastados e dois presos por envolvimento em abusos e letalidade policial. Entre os casos recentes que ganharam repercussão está o de um homem arremessado de uma ponte por um PM na Zona Sul de São Paulo e o de uma mulher de 63 anos agredida com um golpe de “mata-leão” em Barueri. Ambos os episódios foram registrados por câmeras e geraram indignação pública.

Já o caso de um homem assassinado com 11 tiros pelas costas após furtar produtos de limpeza foi gravado pelas câmeras de uma loja da rede de mercados Oxxo. O policial envolvido no caso estava de folga durante o crime e foi preso na última quinta-feira (5).

Em São Paulo, deputados estaduais de oposição protocolaram nesta sexta-feira (6) um pedido de impeachment contra Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública do estado. O pedido acusa o bolsonarista, filiado ao PL, de cometer “crimes de responsabilidade”, incluindo atentado ao direito à segurança pública e à probidade administrativa. A iniciativa ocorre em meio a uma escalada de violência policial no estado, com diversos episódios flagrados por câmeras de segurança ou celulares.

A ação foi liderada pelo deputado Guilherme Cortez (PSOL), com o apoio de outros 25 parlamentares de partidos como PSOL, PT, PCdoB, Rede e PSB. O pedido é fundamentado no artigo 7º da Lei dos Crimes de Responsabilidade, que considera crime o abuso de poder ou a tolerância com práticas abusivas de subordinados.

Cortez afirmou que Derrite “não está à altura do cargo” e culpou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) por respaldar a conduta do secretário e da Polícia Militar.

Nos últimos 30 dias, 45 policiais militares foram afastados e dois presos por envolvimento em abusos e letalidade policial. Entre os casos recentes que ganharam repercussão está o de um homem arremessado de uma ponte por um PM na Zona Sul de São Paulo e o de uma mulher de 63 anos agredida com um golpe de “mata-leão” em Barueri. Ambos os episódios foram registrados por câmeras e geraram indignação pública.

Já o caso de um homem assassinado com 11 tiros pelas costas após furtar produtos de limpeza foi gravado pelas câmeras de uma loja da rede de mercados Oxxo. O policial envolvido no caso estava de folga durante o crime e foi preso na última quinta-feira (5).

Apesar das críticas, Tarcísio declarou que não pretende substituir Derrite e assumiu responsabilidade pelas falhas da corporação. Ele defendeu o uso de câmeras corporais pelos policiais, que, segundo ele, serão ampliadas com novas tecnologias. O governador ainda reconheceu que sua visão sobre as câmeras havia mudado e afirmou que elas são um “instrumento de proteção da sociedade e dos policiais”.

Além disso, ele anunciou a reciclagem de 100% do efetivo da Polícia Militar. Segundo ele, os treinamentos serão revisados, e os procedimentos operacionais padronizados.

Dados do Ministério Público indicam que as mortes cometidas por policiais militares em São Paulo cresceram 46% até novembro de 2024, em comparação com o ano anterior. A oposição alega que o governo estadual está instrumentalizando a violência policial para fins políticos, enquanto especialistas em segurança pública alertam para a necessidade de maior controle e fiscalização.

O pedido de impeachment será analisado pelo presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), que decidirá se a denúncia será aceita e encaminhada para julgamento.

Assinaram a protocolo os seguintes deputados:

  • Ana Perugini (PT);
  • Andréa Werner (PSB);
  • Beth Sahão (PT);
  • Carlos Giannazi (PSOL);
  • Donato (PT);
  • Ediane Maria (PSOL);
  • Eduardo Suplicy (PT);
  • Emídio De Souza (PT);
  • Enio Tatto (PT);
  • Guilherme Cortez (PSOL);
  • Jorge Do Carmo (PT);
  • Leci Brandão (PCdoB);
  • Luiz Claudio Marcolino (PT);
  • Luiz Fernando T. Ferreira (PT);
  • Márcia Lia (PT);
  • Professora Bebel (PT);
  • Marina Helou (Rede);
  • Maurici (PT);
  • Monica Seixas (PSOL);
  • Paula da Bancada Feminista (PSOL);
  • Reis (PT);
  • Paulo Fiorilo (PT);
  • Rômulo Fernandes (PT);
  • Simão Pedro (PT);
  • Teonilio Barba (PT);
  • Thainara Faria (PT).

Foto de capa: reprodução

Reprodução/Diário do Centro do Mundo

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