Toffoli envia emissários para tentar se reaproximar de Lula

Ministro Dias Toffoli, do STF, tendo em vista as eleições presidenciais, enviou emissários, sendo dois deputados federais e alguns advogados amigos, para tentar promover a paz entre ele e Lula.

A decisão do ministro Toffoli que inviabilizou a ida de Lula ao enterro do irmão, Vavá, em janeiro de 2019, foi uma das causas de e ressentimentos ao ex-presidente. Na época, o ministro deu um despacho horas antes da cerimônia, permitindo que o ex-presidente encontrasse os familiares apenas num quartel em São Paulo, mas não no velório, o que fez Lula desistir de sair da cadeia em Curitiba.

Esse gesto, para Lula pesou mais até do que a aproximação do ministro com Jair Bolsonaro ou o fato de ele se referir ao golpe militar de 1964 como o “movimento de 1964”, diz o Metrópoles.

Lula vinha dizendo a falantes próximos que por ter sido quem nomeou Toffoli para o STF, considerou a atitude de extrema ingratidão. Lembrava, ainda, que enfrentou um desgaste grande para nomear Toffoli em 2009, porque na época suas qualificações para o posto sofreram muitos questionamentos no Congresso. 

Depois que algumas informações sobre essa mágoa do ex-presidente surgiram na imprensa, porém, o ministro acionou dois deputados do PT e advogados amigos para suavizar o espírito do presidente.

Um dos argumentos usados por eles nas conversas com Lula é que “quando precisou, Toffoli estava lá”. Referem-se especialmente  ao voto favorável nas discussões sobre ações diretas de constitucionalidade, que possibilitaram a saída de Lula da cadeia.

Segundo esses emissários, ainda não dá para dizer que Lula cedeu, mas ele já estaria menos rigoroso com o ministro.

Fonte: Diário do Centro do Mundo

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF